terça-feira, 2 de outubro de 2012

Bem escolhida, escada abre espaços para a imaginação



A elaboração de escadas deve seguir uma série de leis – mas só em construções públicas ou comerciais. Nas residências, a imaginação do morador é que manda. Uma dose de bom senso, porém, ajuda a escolher a estrutura mais segura e a que melhor se encaixa nos espaço do cômodo.

As escadas retas, de um lance só, costumam ir bem em ambientes compridos. As em “L” são recomendadas para cômodos quadrados. Já as escadarias em forma de caracol ou espiral são ideais para lugares pequenos, pois exigem menos espaço.

Se na decisão sobre tipo de escada o que pesa mais é o tamanho do cômodo, no dimensionamento dos degraus o conforto e a segurança são os itens mais importantes. A orientação de especialistas é que a pisada (área da escada em que pisamos) tenha 30 centímetros de largura; o espelho (aquela parte na vertical) deve ter 17 cm de altura e o guarda-copos (proteção colocada entre o corrimão e o chão), 90 cm de altura.


Essas medidas, claro, podem variar, mas não muito. “Se você tem um degrau com muito mais de 30 centímetros de largura, como vemos na área externa de algumas casas, é preciso dar mais de um passo para alcançar o próximo degrau. O passo fica desencontrado”, afirma a arquiteta Camila Gazola, de São Paulo. Além disso, após 17 degraus convém colocar um patamar de descanso, para que a subida não seja muito desgastante.

Sobre essas diretrizes, contudo, é possível criar bastante. Se o perfil do morador for mais arrojado, uma escada com degraus vazados de metal ou vidro e um guarda-corpos móvel, feito de cabos de aço, é uma opção moderna, clean e que ajuda a integrar ambientes. Por outro lado, em casas com crianças, idosos e animais domésticos, o melhor é evitar estruturas vazadas – em nome da segurança. Mas podem-se compor elementos como madeira e concreto, para deixar a escadaria mais bonita.



A mescla de segurança e beleza também vale para degraus. Para que não fiquem escorregadios, costuma-se colocar fita antiderrapante adesiva, amarela ou como uma lixa. Mas Camila Gazola prefere fazer frisos na ponta. “Fica mais bonito e não escorrega.”


A decoração do entorno deve ser concebida para complementar a escada sem comprometer a circulação. Se o início ou o final ficar próximo de uma parede, não ponha nichos ou armários. “O legal é colocar uma pintura, um adesivo, um papel de parede diferente, ou ainda, montar uma galeria de quadros e fotos”, sugere a arquiteta Paula Ferraz, da Cavalcante Ferraz Arquitetura e Design, de São Paulo.

O vão da escada pode ser aproveitado para dar lugar a outros ambientes, como home office, lavabo ou bar. No local, também vai bem uma estante, um armário ou até uma adega. Para quem gosta de plantas, é possível fazer um jardim de inverno, com folhagem de sombra e pedriscos, ou até colocar um único vaso com uma espécie que cresça bastante, de modo a explorar o pé-direito duplo.

Fonte: Terra

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