quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mofo, um hóspede indesejável

Extremamente versátil, o bolor, como também é chamado, pode se apoderar de qualquer cantinho úmido e escuro em sua casa. Saiba como evitar o problema.



A umidade e a baixa incidência de raios solares em Curitiba fazem com que a cidade ofereça condições ideais para o surgimento do mofo. O coordenador da pós-graduação em Microbiologia da PUCPR, Marcelo Pillonetto, explica que o bolor, como também é conhecido, prolifera com facilidade em locais com temperatura entre 20 e 30 graus, escuros, além de úmidos.
De acordo com a pesquisadora em biotecnologia da Universidade Positivo Lígia Cardoso, o microrganismo se instala em qualquer superfície porosa na qual consiga extrair substratos. “Tendo condições adequadas, o mofo se desenvolve em qualquer lugar”, ressalta.
O empreiteiro de obras Luiz Paulo Schen avalia que algumas práticas de construção no Brasil também favorecem a multiplicação do bolor. O reboco feito com cal, por exemplo, faz com que as paredes fiquem mais úmidas. O uso de madeira verde, que não passou por um processo de secagem, também propicia a contaminação.
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A disposição da construção e das peças em relação à insolação também pode influenciar no aparecimento de bolores. Segundo o engenheiro Hamilton Kassai, é recomendado que os quartos e as salas das residências na região sul do país estejam orientados para a face norte. “Estes ambientes necessitam de insolação para coibir a proliferação de microorganismos”.
No entanto, Pillonetto adverte que não existem soluções que eliminem definitivamente este hóspede indesejável. Para o coordenador, existem medidas que podem amenizar o problema, sem exterminá-lo por completo . “Alguns procedimentos podem causar uma resistência ao bolor, mas ele acaba retornando”, acrescenta Lígia.
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A comerciante Lizete Mendes sofre há alguns anos com o bolor que retorna insistentemente para as paredes de sua casa. Ela nunca fez grandes reformas estruturais, mas costuma repintá-la com uma tinta anti-fungos periodicamente. “Em uma das paredes, conseguimos reverter o problema com um revestimento de azulejo”, conta.
Mesmo empregando técnicas para retirar o bolor, a saúde da família de Lizete acabou sendo prejudicada. “Quase todos têm rinite”, afirma. Para Pillonetto, é comum desenvolver alergias respiratórias devido ao contato com estes microrganismos. “Os fungos emitem esporos quando se reproduzem, que se dispersam pelo ar e podem provocar reações alérgicas”, considera.

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