Trabalho de origem inglesa volta à decoração como tendência vintage
Símbolo consagrado quando o assunto é design, o capitonê assume ares vintage e recebe destaque nas mostras de decoração brasileiras. O retorno, entretanto, não está restrito apenas a cadeiras,poltronas ou sofás. O famoso acabamento de tapeçaria agora mostra suas formas orgânicas em papéis de parede, cabeceiras de cama, painéis e até mesmo em estampas de cerâmicas.
A presença do capitonê na decoração é um reflexo, assim como acontece na moda, da valorização acentuada do trabalho artesanal. Tal realidade, entretanto, já havia despontado no cenário internacional há alguns anos - com designers como Jaime Hayon e Philippe Starck – e somente agora aparece no Brasil em grande estilo.
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“O capitonê ressalta a ideia do clássico e este momento do pós-modernismo oferece a possibilidade de fugir do convencional. Esta liberdade permite que o revestimento vá para a parede e não tenha restrições de uso”, afirma Sueli Garcia, professora do curso de design de interiores do Centro Universitário Belas Artes.
Além da aparência elegante conseguida por meio da presença de botões e franzidos, o trabalho em capitonê consegue o efeito de luz e sombra e transforma a aparência dos ambientes. “As mostras da Itália vêm sugerindo a substituição de formas retas pelo design orgânico e artesanal. Desse modo, o capitonê vira tendência e resgata a ideia de identidade regional”, afirma Sueli.
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Móveis coloridos renovam a decoração
Com origem inglesa, a técnica surgiu em meados de 1840 como forma de valorizar o trabalho manual. O estilo romântico, marcado por botões e pregas costurados no tecido, apresenta desenhos geométricos (losangos e quadrados) e acabou imortalizado pela criação do sofá Chesterfield. Em 1929, foi a vez do arquiteto modernista Mies van der Rohe ressaltar a força do estilo com o lançamento da poltrona Barcelona no Salão do Móvel de Milão
Mudanças e adaptações
Se antes o capitonê aparecia com força em revestimentos de couro, hoje marca presença em tecidos vinílicos, veludos coloridos, sedas e camurças. “É uma técnica muito refinada e que exige tecidos lisos, sem estampas ou desenhos grandes, já que o detalhe da prega atrapalha a identificação de figuras”, diz Marilia Caetano, designer de interiores.
Outra mudança característica dos tempos contemporâneos é a possibilidade de usar móveis com este revestimento em uma decoração repleta de itens modernos. Porém, antes de colocar tais peças na sala, é importante lembrar que o modelo clássico chama atenção e precisa ser usado sem exagero. “O estilo é um detalhe marcante que deve agregar beleza ao espaço. O perigo acontece quando é usado ao mesmo tempo em paredes, poltronas e sofás. O exagero não é bem-vindo e pode estragar o efeito original”, ressalta Marília.
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