terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Não só de tijolo e cimento se faz a casa


Sistemas construtivos que fogem do convencional e funcionam de modo industrial ganham cada vez mais espaço no Brasil
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Apesar da predominância do modelo tradicional de construção (tijolo e cimento), a necessidade de se reduzir custos e de obras mais limpas e organizadas tem aberto espaço para diferentes tecnologias construtivas, como os sistemas de wood e steel frame.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR) e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) Euclésio Finatti, os novos sistemas representam uma quebra no paradigma da construção civil. “Você constrói tudo dentro da fábrica, paredes e estrutura, e apenas monta no terreno designado. É como um sistema fabril. Por enquanto, a fundação é a única parte feita no local, mas isso tende a mudar”, explica.
Entre as vantagens dos novos sistemas está a redução do desperdício de materiais. “O uso da madeira no caso do wood frame também colabora com a sustentabilidade porque toda madeira utilizada vem do reflorestamento.”
Apesar das vantagens, a maioria das pessoas ainda prefere a construção convencional. “As pessoas ainda acham que elas têm de bater na parede para mostrar que é forte. Outro entrave é a burocracia. Há a necessidade de comprovar que o processo construtivo é absolutamente correto, mas hoje isso é muito demorado e caro”, avalia Finatti.

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Vantagens
Métodos reduzem tempo e custo de mão de obra
A tecnologia do wood frame não é nova. Amplamente utilizado nas construções dos Estados Unidos, o sistema ainda busca seu lugar no Brasil. Traz como principal vantagem a redução de 50%, em média, na quantidade de mão de obra. Apesar disso, o custo sobe porque a mão de obra é mais qualificada. Ainda assim, o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR) e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) Euclésio Finatti diz que a redução na quantia é tão grande que compensa. “Além da redução no número de pessoas trabalhando, a redução no desperdício com materiais e a agilidade no tempo de construção reduzem os custos entre 15% a 20%”, explica.
A redução no tempo foi um dos benefícios que atraiu o engenheiro Tobias Ott quando decidiu construir sua casa. “O isolamento térmico e acústico são também vantagens, mas, antes de morar, o tempo para construir é muito rápido, levou em média quatro meses.”
O construtor Claudeir Batista afirma que, do início ao fim, uma casa de 250 metros quadrados pode ser entregue em até três meses. “Sem o acabamento, sem pintura, revestimento, cerâmica, azulejo, o custo fica em torno de R$ 1,3 mil a R$ 1,4 mil o metro quadrado. Neste valor já consta o gasto com material e mão de obra. Com tudo, inclusive o acabamento, o valor chega a R$ 1,6 mil o metro quadrado”, aponta.
O sistema steel frame parte do mesmo princípio que o wood, mas, ao invés de madeira, utiliza o aço. São estruturas formadas de aço galvanizado leve e usadas para formar paineis estruturais, paredes, vigas, tesouras, entre outros elementos. Da mesma forma que no wood frame, o steel requer mão de obra especializada e, por se tratar de aço, o custo fica um pouco mais caro.
A velocidade para construir e montar é a mesma do wood frame. “Em Curitiba não há muitos imóveis feitos com steel. Um exemplo deste sistema são os plantões de vendas de imóveis, hoje muitos são feitos em steel pela rapidez.”
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