PORQUE MORAR EM SANTOS - ESPECIAL BAIRROS - EMBARÉ

Segundo bairro mais populoso de Santos, o Embaré, com quase 40 mil habitantes, completa 131 anos neste sábado (16), data instituída pela Lei nº 605 em 1989. Seu nome é derivado da expressão tupi-guarani "mbraa-hé", que significa cura das enfermidades por causa da água do mar, considerada terapêutica na época. O Visconde do Embaré possuía uma chácara no local e mandou construir em 1875 a capela de Santo Antônio, que deu origem à Igreja, cuja edificação teve início em 1930.

Inaugurada em 1945, foi elevada à categoria de Basílica em 1952 pelo Papa Pio 12. 

Outra bonita construção é o casarão onde funciona a Pinacoteca Benedito Calixto. Compreendido entre as avenidas Bartolomeu de Gusmão, Afonso Pena, Siqueira Campos (Canal 4) e Almirante Cóchrane (Canal 5), possui um comércio predominantemente alimentício (padarias, restaurantes, mercados,pizzarias, churrascarias e casas de massa) e uma vida noturna agitada. 

O bairro abriga alguns dos bares mais movimentados da cidade como o famoso Bar do Toninho (Avenida Epitácio Pessoa) e os do Jorge I e II (Rua Álvaro Alvim e Avenida Siqueira Campos respectivamente). Conta também com lojas de praticamente todos os artigos, principalmente nas avenidas Epitácio Pessoa e Pedro Lessa, além do antigo Centro Comercial do Embaré. 

Está havendo um aumento no número de escolas infantis e de consultórios médicos e odontológicos no bairro, que é servido por três escolas municipais, uma policlínica e dois bancos. Patrícia Horowicz, filha do ex-presidente da sociedade de melhoramentos do bairro, Jacob Levi Horowicz, falecido em dezembro passado, após dez anos à frente da entidade, ressalta que adora morar ali. 

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Há 28 anos, ela percorre as pacatas ruas arborizadas. “Há muitos moradores com mais de 65 anos, acredito que seja devido ao sossego”, pondera. Ela lembra que o Embaré é bem centralizado, tem facilidade de transporte para todos os lugarese todas as ruas são asfaltadas. 

“Moro há 70 anos no bairro, estudei na Casa Pia e acho ótimo morar aqui. Tem feira livre vários dias da semana, farmácias e é bem familiar. Todo mundo se conhece e conversa”, conta Ilca Carrera, dona de uma loja no Centro Comercial do Embaré há 35 anos. Quando menina, jogava a mala da escola nas árvores para comer frutas e acompanhava a tradicional procissão de Santo Antônio, o que faz até hoje, e subia nos andaimes utilizados para a pintura da igreja na época.

"É um dos poucos bairros que ainda têm quitandas", lembra Regina Helena Gomes, também dona de uma loja no centro comercial há 35 anos. “Quando vou ao banco encontro muitas pessoas conhecidas, é muito bom”, ressalta. Sua filha, Yasmin, de 13 anos, é saxofonista e tem sido orgulho do bairro.